sexta-feira, 27 de novembro de 2009

CURIOSIDADES - Em busca da cadência perfeita



A amostra do estudo foi composta de 7 ciclistas profissionais de estrada com idade de 28 ± 1 anos, estatura 1,87 ± 1,6 metros, massa corporal 67,9 ± 2,7 kg e índice de massa corporal de 20,7 ± 06. Todos os participantes do estudo completaram as três competições, Tour de France, Giro D´Italia e Vuelta a Espanha.
Foram registadas a frequência cardíaca, o tempo total de competição, as velocidades média e máxima e a cadência em todas as etapas. O programa utilizado para a leitura desses dados permitiu seleccionar pontos específicos do percurso, por exemplo, um trecho de subida. As análises foram realizadas respeitando os seguintes critérios: etapa plana, etapa contra o relógio e etapas em subidas.
Os resultados mostraram que a cadência média durante os trechos de montanha foi de aproximadamente 70 rpm e que nas etapas planas e na contra o relógio ficou próxima de 90 rpm. Outro resultado interessante foi que nas etapas planas os ciclistas com maior massa corporal adoptaram menor cadência (80-90 rpm) quando comparado aos ciclistas com menor massa corporal (90-100 rpm). Além disso, o valor máximo de cadência registado durante as etapas planas foi de 126 rpm, nas etapas contra o relógio 115 rpm e nas etapas de montanha 92 rpm.

Nas etapas contra o relógio a intensidade foi maior que nas etapas planas, no entanto a média de cadência foi semelhante. A explicação dos pesquisadores foi que fadiga muscular, principalmente nas fibras do tipo II, e a percepção subjectiva são menores quando se utiliza cadências mais altas.

A cadência de aproximadamente 70 rpm utilizada durante os trechos de montanha foi atribuída às necessidades específicas deste tipo de percurso (Interferência da força da gravidade) e maior eficiência. A função do ciclista na equipa também contribuiu para a diferença na cadência durante as montanhas. Os atletas que necessitavam percorrer as montanhas em esforços máximos durante toda a escalada, diferentemente dos gregários, apresentaram maiores cadências (~ 80 rpm).•
No final do estudo os pesquisadores Espanhóis afirmaram que esses resultados contribuem com o melhor entendimento do perfil de ciclistas de estrada, principalmente durante as competições. Além disso, abriu-se uma discussão sobre os diversos protocolos de testes de esforço realizados em laboratório, que determinam a utilização de baixas cadências para ciclistas de estrada, contrariando o padrão adoptado por esses atletas.

Boas pedaladas e até breve!!

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